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Em falso exercício de renovação do gênero, "Samaritano" acaba apenas como uma empreitada de realismo junto de fórmulas genéricas de herói.

Em falso exercício de renovação do gênero, “Samaritano” acaba apenas como uma empreitada de realismo junto de fórmulas genéricas de herói.


EEstreou na Amazon Prime Video o longa Samaritano, novo filme de herói estrelado por Sylvester Stallone e dirigido por Julius Avery. A história conta a vida de Joe (Sylvester Stallone), um cara que ganha a vida como catador de lixo mas tem um passado misterioso.

Já no início do filme, somos entregues a uma excelente abertura que conta as motivações do vilão Nemesis e do herói Samaritano, enquanto um escolheu acabar com a cidade e as pessoas na força do ódio e anarquia, o outro escolheu proteger.

Sem dúvida o que é gritante aqui é todas as conveniências de roteiro da forma mais clichê possível quando Sam, o garoto que perdeu seu pai e vive com sua mãe, acaba sendo salvo pelo catador de uma gangue que queria seu mau. O jovem então começa a investigar e questionar Joe sobre ele ser o possível Samaritano.

Muitos pontos deixaram a desejar, inclusive o desenvolvimento dos vilões, a todo momento vemos que eles querem ressuscitar parte do poder de Nemesis para voltar com a anarquia e revolução, mas tudo isso fica em uma camada muito rasa. Outro ponto é Joe como o herói. Em nenhum momento vemos ele se vestindo com o traje e tudo, e toda sua jornada de heroísmo só se passa no passado, o que acaba comprometendo o próprio filme.

A atuação de Stallone é muito do mesmo também. Um cara forte que sai dando porrada em todo mundo (muito parecido com clássicos como Rambo Stallone Cobra), ficando até difícil de ver uma atuação diferente do que ele já faz. O que salva é o seu carisma — mas até nisso não há destaque, já que quase todo herói tem carisma.

Sobre os efeitos especiais, nada é muito grandioso em Samaritano. Achei que poderia ter efeitos visuais de milhões e se tornou apenas de centavos. O maior ponto positivo é o seu final, que tem uma reviravolta até interessante mas que confunde mais a cabeça do telespectador do que resolve suas dúvidas. Se tiver uma continuação, muita coisa precisa ser bem explicada, pois há várias lacunas soltas.

Samaritano usa os clichês de forma mais previsível possível e apesar de ter um clima realista na cidade lembrando até Gotham City, o filme poderia ser facilmente colocado naqueles filmes de heróis fracos que amamos mas ele ainda consegue entrar na categoria de filmes ruins para só ver uma vez

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