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Dança, sonhos, clichê e tudo o que há de bom

Feel the Beat é filme teen clichê, no melhor sentido da palavra, que emociona com uma história de superação ao som de muita música e dança.

Feel the Beat é filme teen clichê, no melhor sentido da palavra, que emociona com uma história de superação ao som de muita música e dança.


CCoreografias espetaculares, danças explosivas, elenco cativante e um final feliz. Para quem gosta de filmes adolescentes voltados para o mundo da dança, Feel the Beat, da Netflix, é a escolha perfeita e sem arrependimentos. Um filme que cumpre tudo o que promete e ainda faz com que você fique emocionado e cheio de esperanças.

April (Sofia Carson) vê seu sonho de ser uma dançarina da Broadway ir por água abaixo após um incidente com uma manda-chuva do mundo dos musicais. Quando é despejada de seu apartamento, a jovem é obrigada a largar sua tão amada Nova York e voltar para New Hope, uma cidadezinha em Wisconsin, e encarar tudo o que deixou para trás. Ao visitar a escola de dança onde começou a dar seus primeiros passos, ela enxerga uma nova possibilidade de dar a volta por cima: um concurso de dança cuja final teria um grande diretor da Broadway como jurado. Para chegar lá, ela precisaria treinar as alunas da Sra. Barb (Donna Lynne Champlin), sua primeira professora de dança, e acompanhá-las nas apresentações.

https://www.youtube.com/watch?v=hrzrcegbBEc

Apesar de parecer um plano simples, a protagonista de Feel the Beat encara dois empecilhos: as crianças são péssimas dançarinas e April não levava o menor jeito para ensinar. Todo o seu trabalho para chegar à Nova York deu a April tanto uma grande técnica quanto muita frieza e a incapacidade de lidar com imperfeição.

Após muitos altos e baixos, as pequenas dançarinas e April começam a conseguir se entender melhor. Toda a cidade se mobiliza pelo concurso e o clima de esperança da cidade é contagiante, tanto que até April, mesmo com sua frieza, começa a sentir certo carinho e acreditar no potencial da sua equipe de dança.

Em Feel the Beat é possível ver com muita clareza a aplicação da construção da Jornada do Herói, de Joseph Campbell, ainda que feita de maneira bem rápida. Apesar de não aceitar logo de cara, April se joga no desafio e vai contra todas as possibilidades. Mesmo que, na maior parte do tempo, nem ela nem a equipe de dança acredite na probabilidade de vencer, ela continua com toda a dedicação possível e se torna uma pessoa muito diferente da dançarina frustrada do início da história. O esforço da protagonista e suas alunas é nítido e traz muitas recompensas a todas.

Como toda comédia romântica, há espaço para um envolvimento amoroso na história. Ao voltar para New Hope, April também tem que enfrentar seu ex-namorado Nick (Wolfgang Novogratz) e lidar com questões não resolvidas do passado. Todavia, o relacionamento fica nos bastidores, pois o grande amor da protagonista é a dança.

A escolha de Sofia Carson para interpretar April é excelente. Além de atriz e cantora, ela também é dançarina e pratica desde os três anos, já tendo participado de concursos e ter ganho prêmios na área. Sua técnica na dança é nítida e ela executa muitos passos com perfeição. Carson tem grande magnetismo e, quando está em cena, é impossível não olhar para ela. O perfil de durona e perfeccionista também lhe caiu como uma luva e fez com que representasse April muito bem.

Ao lado de Carson, o elenco da equipe de dança também é muito bom e a produção merece destaque pela representatividade. Feel the Beat mostra que na dança há espaço para todo mundo. Ao lado de April, que representa todos os estereótipos da dançarina ideal, há crianças com os mais diversos tipos de corpos, vários tons de pele, diferentes formas de feminilidade, uma menina com deficiência auditiva e até um garotinho. Bem diferente do mundo real, a Academia de Dança de New Hope não menospreza ninguém e dá a oportunidade para que todos dancem e participem. Bem fofo e com direito a todas as crianças falando em libras.

Feel the Beat é um filme lindo, envolvente e bem clichê – mas ele nunca disse que não seria, certo? Vamos parar de usar o termo clichê como defeito, pois clichê pode ser ótimo. É leve, envolvente e delicioso de assistir. Para quem gosta de dançar, fica um spoiler: você não vai conseguir se segurar e logo estará imitando os passos da equipe.

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